Saudade
Saudade...
Incontornável...
Insuportável por vezes...
Mas é fácil contrariá-la quando se trata daquilo e dos que nos são próximos, quando a saudade não se torna doentia, porque existe a certeza do reencontro... tem um sabor amargo quando é inevitável, mas depressa se adoça quando se afasta... o abraço, o olhar, as palavras... ou então apenas o silêncio... e ela afasta-se. A saudade que deseja morrer nos momentos em que se torna exaustiva, quando quer prender aquilo que não deve ser evitado...
A outra saudade...
Constantemente inevitável...
Humanamente insuportável...
Essa saudade... aquela que se chama morte... aquela impossível de contrariar... aquela que se agarra a carne como espigões de ferro... aquela que rasga com a pele os pensamentos, os momentos dos que partiram...
Aquela saudade...
Insustentável...
Inevitável...
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