Não acreditava no que os meus olhos me diziam, por isso servi-me dos meus sonhos, descobri o que já sabia, e aprendi uma nova maneira de voar...

quinta-feira, dezembro 30, 2004

Dusk

O rio dança sossegado consigo próprio... vejo-o acalmar-se em passos largos numa valsa lenta... o sol põe-se à minha esquerda e despede-se com um esguio raio vermelho... sopra uma brisa... nasce um arrepio rápido que voa esporadicamente... o cigarro começa a extinguir-se... o fumo desfaz-se no ar em sopros leves... não resiste, não quer resistir... levanto os olhos para o céu... o miradouro arrebata-se em si... são os olhares que eu guardo... a ponte começa a brilhar... a noite escorrega-me suavemente pelos ombros... ela sorri... eu também... foi assim que imaginei, um dia, estes minutos... talvez eu apenas tenha saudades do que nunca vivi...