Não acreditava no que os meus olhos me diziam, por isso servi-me dos meus sonhos, descobri o que já sabia, e aprendi uma nova maneira de voar...

quarta-feira, dezembro 29, 2004

Onde estás?

Estende-me a tua mão. Quero percorrer com meus dedos os caminhos que elas traçam. Quero tocar-te. Quero segurar-te e guardar-te, quero-te então e apenas. Estende-me o teu braço. Quero acariciá-lo, quero agarrar-te contra mim, e fundir-te na minha pele. Quero o teu cheiro, e quero-o intensamente. Quero devora-lo em largos sorvos de paixão. Quero provar com sofreguidão a tua pele doce, e embriegar-me com a essência do teu existir. Quero controlar a tua respiração para poder sincronizá-la com a minha, para quando a tua parar, cessar a minha também, porque sem a tua, a minha seria apenas pó.
Abre os teus olhos, e derrama a sua luz no meu corpo apagado. Quero vida [a que tu me podes dar]. Quero-a tanto. Pousa a tua boca sobre o meu pescoço, e faz-me estremecer com o toque dos teus lábios. Figura quente e mítica do teu prazer. Quero sentir o calor voltar ao meu corpo. Preciso do teu. Preciso de ti.

Fui eu que (te) sonhei. Aqui. Agora. Para mudar a minha cor cinzenta, e inundar-me de luz. Foste tu que (me) desenhaste. Para ti. Aqui. Agora. Faz-me viver. Dá-me o alento. Quebro a (minha) pele fria de pedra e toco-te. Rompes as amarras que me prendem ao frio. Perguntas-me se (te) quero. Olho-te. E sim... eu quero.