Não acreditava no que os meus olhos me diziam, por isso servi-me dos meus sonhos, descobri o que já sabia, e aprendi uma nova maneira de voar...

terça-feira, dezembro 28, 2004

Instantes

É improvável que eu saiba se daqui a alguns segundos ainda estou vivo para respirar, nem sei se isso acontecer se te consigo imaginar uma última vez antes de fechar os olhos, se ao cair redondo no chão, pelo menos terei a ilusão de que os teus braços me podem amparar? Por não saber como é a palavra que vem a seguir a esta, porque talvez amanhã não amanheça...porque o momento é o que importa...queria que soubesses:

Que os teus olhos brilham tanto...
Que os meus seguem os teus sem cessar
Que é imparável o teu beijo...
Como um foguetão a cruzar o céu,
Como dois carros que colidem e se unem num só
Como uma bomba que deflagra e rebenta sem perdão
Que os teus braços à minha volta são fortes
Como um cinto de prazer e felicidade
Onde eu preso desejo que nunca me libertar
Só me apetece rir....tenho este sorriso na cara
A culpa é tua...
Embora nem sempre te fosse fácil acreditar nisso...
O sorriso está cá porque tu és assim
Porque te ris dessa forma tão incrível
Porque andas da maneira que andas
Com o olhar a investigar tudo à volta
Porque esses olhos brilham mesmo no escuro...
Enquanto a luz de um filme os ilumina
Pela maneira como tu falas
A atropelar as palavras umas nas outras,
Ou Então na forma mais calma que podes ter
Me dizes baixinho ao ouvido que está tudo bem...
Vai-se o barulho da cidade
Vai-se a luz que nos rodeia
Desaparece o som das ondas
Calam-se os pássaros...
Só te ouço falar
Só te ouço murmurar...
Deixo ecoar dentro de mim, deixo vibrar contra o coração...
Deixo que tudo volte ao silêncio
Para então sorrir e abrir os olhos
Fotografar o teu sorriso, marcar à força da emoção esta memória...
Nunca esquecer...
Nunca desaparecer
Nunca desvanecer...
Nós sabemos a verdade
Acreditar...
Ter fé..
Além..
Tu e Eu.