Não acreditava no que os meus olhos me diziam, por isso servi-me dos meus sonhos, descobri o que já sabia, e aprendi uma nova maneira de voar...

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Descontrolo total



O amor, flor delicada, sensibilidade esperada, desejo alcançado. O amor, espinho cravado, sentidos perdidos, angústia esbanjada. Perco-me entre as palavras de amor que te escrevo, entre os desejos que te confesso, entre a dor de te partilhar e a alegria de te desfrutar. Difícil este sentimento inexplicável em que te tenho sem te ter, em que és minha sem o seres.
Perco-me nos pensamentos que invento, nas magias que crio, na realidade que não comporto, e evaporo-me pela volatilidade de ser aquilo que o meu corpo não compreende, de desejar aquilo que não alcanço.
Silêncio, faço-me dele, encho-me de nada para te dizer o que não sinto, para te esconder o que não quero revelar. Quando se ama com a intensidade de uma tormenta, tudo em nós é exageradamente forte. Dos sentidos às reacções, do tudo ao nada.
Ficar aqui, afogado em mágoas, perdido em pensamentos destruidores, apago em mim, o que de mais terno sinto por ti, a loucura sufoca-me e eu deixo-me sucumbir ao momento em que tenho de te oferecer, ao momento em que te dás a outros, sem nada por fazer, sem nada por conter, deixo-me apenas morrer, esperando renascer para outro alguém que consiga, simplesmente absorver-me, que seja capaz simplesmente de me conter.