Não acreditava no que os meus olhos me diziam, por isso servi-me dos meus sonhos, descobri o que já sabia, e aprendi uma nova maneira de voar...

segunda-feira, dezembro 25, 2006

Chuva



Neva no meu quarto
Lá fora não há sol
Lá fora só chove
Chove sempre que neva no meu quarto.

Chove e nos vidros
Pequenas pérolas brancas
Escondem a realidade
De não haver nada lá fora.

Chove na minha alma
E lá fora não há sol
Uma asa inconsciente parte
Para não regressar jamais.

Lá fora não há sol
E as nuvens pesam como chumbo
Na minha vontade de ser ave
No meu sonho de ser livre.

Chove! Ninguém sai.
Grossas gotas solitárias
Desprendem-se de sonhos
Que passam e não voltam.