Não acreditava no que os meus olhos me diziam, por isso servi-me dos meus sonhos, descobri o que já sabia, e aprendi uma nova maneira de voar...

quinta-feira, julho 07, 2005

(in)Existência

Acompanhas-me com passos silenciosos. A brisa sacode, das árvores floridas, penugens que descansam nos meus cabelos. Pergunto-me se farás alguma tentativa de os libertar...
Trocamos pensamentos, esforço-me por me fazer entender e mostrar-te a minha visão das coisas. Escutas, quieta, calada. Ouço-te no silêncio, pensas diferente e ainda assim gostas de mim e deixas-me falar, usando todas aquelas palavras que me cansam, todas aquelas que achas poucas, todas...
Nada espero do deserto onde o teu sorriso é o oásis, e ainda assim desejo-o. Vibro com a sensação de estar perto, de te tocar de forma a deixar marca, não na pele mas lá dentro, aquela que não se apaga, que não seca e não sara, a que cria memórias e saudade.
Busco na ausência do olhar a presença do teu sentir, mas é o vazio que encontro, nada descubro, nada me orienta.
Escondes-te dentro de uma muralha dourada, convidativa mas impenetrável, perto mas longínquo.

Olho na tua direcção e não te vejo. Não existes...