Não acreditava no que os meus olhos me diziam, por isso servi-me dos meus sonhos, descobri o que já sabia, e aprendi uma nova maneira de voar...

quarta-feira, julho 06, 2005

Em suspenso

Refugio-me nas palavras secretas, fruto de um momento de incontrolável sentir, antes guardado e abafado, tal a sua estranheza. Palavras, onde viajo em direcção a um lugar desconhecido e distante onde procuro o calor que aconchega e preenche.
A imensa distância que nos separa é atenuada pela proximidade de algo que não se vê, mas que nos torna suficientemente próximos para se sentir o derreter do gelo que nos envolve. Na certeza do poder que ganha cada novo desenhar do desejo contido, deixo a imaginação criar imagens fantasma de um futuro que não será. O destino é outro...
Equilibro-me na linha, fina e frágil, de um "talvez", que acredito apenas ter sonhado. E assim vivo; respirando devagar, concentro-me nas palavras fugazes, imaginárias e sem importância, nas quais me encontro suspenso.