Não acreditava no que os meus olhos me diziam, por isso servi-me dos meus sonhos, descobri o que já sabia, e aprendi uma nova maneira de voar...

sábado, janeiro 01, 2005

O Tempo

O tempo passa... podemos olhar para as crianças que brincam despreocupadas nos passeios, nos parques, nas prateleiras ainda vazias que o tempo segura... as crianças que completam os seus primeiros passos com a sua ingenuidade e confiança... crianças que se perdem, divertidas, nos labirintos minuciosamente desenhados, estáticos onde o tempo já não passa, nos corredores da vida que desembocarão na saída da sua juventude... nesta altura, os caminhos complexos desenhados de propósito para elas os percorrerem, terão deixado a sua marca... os corredores da vida terão desembocado em si próprios, e as crianças já não quererão brincar... ou talvez sim... mas esta será uma outra diversão... aquela que lhes permite conhecer o mundo, que o tempo já lavrou... e escolherão... sim, escolherão a nova entrada para se perderem... escolherão entre as entradas dos ponteiros dos relógios que o tempo manda marcar... e caminharão, cruzar-se-ão uns com os outros... e voltarão a sair... como? Essa questão só diz respeito a uma coisa... ao tempo... porque aí, os ponteiros terão parado, e a escolha será outra... o crescimento não terá parado... mas eles acreditarão que sim... e aí, só mesmo a dúvida os ajudará... a dúvida sobre quando é que o tempo parou...