Não acreditava no que os meus olhos me diziam, por isso servi-me dos meus sonhos, descobri o que já sabia, e aprendi uma nova maneira de voar...

quarta-feira, outubro 26, 2005

Nunca dêem às mulheres as respostas que elas pensam que querem ouvir – Parte 2

Para onde é que estás a olhar?

Ora aqui está uma pergunta pertinente. Se Deus nos castigou com a habilidade de ver para além da roupa, porque é que não havemos de exercitar estes poderes? Resposta: porque a vossa namorada está convosco. Se não estavam tão mergulhados no decote a ponto de nem sequer ouvir os sons que vos rodeiam e conseguiram perceber a questão, não se ponham com merdas do estilo; “não estava a olhar para lado nenhum!”, como se ainda estivessem ofendidos e cheios de razão. Elas sabem que os nossos apêndices oculares vagueiam por decotes e mini-saias num torpor sexual vibrante, não gostam é de o ouvir da nossa boca. Se vocês não fossem uns estupores, diriam que estavam em pleno processo destruidor da roupa que cobre o magnifico corpo nu da sueca da mesa da frente. Mas, embora ela esteja certa disso, não o quer ouvir. Ela quer uma mentira, uma doce mentira, um inocente engano. Ou seja, quando confrontados com aquela invectiva, respondam que estavam a olhar para lá da sueca nua por debaixo daqueles míseros trapos e, para lá, há uma miríade de coisas… há ementas de restaurantes, há um velhote de cachimbo, há uma criança que brinca, alegremente, com um brinquedo novo enquanto os pais se deliciam com a sua felicidade! O que vocês têm que exercitar é uma técnica muito utilizada pelos agentes secretos e que é a de captar imediatamente todas as situações dentro da sala onde entram. Quando se sentarem para jantar, já têm que saber onde está o velhote de cachimbo, a ementa ou a criança.

A resposta certa a esta pergunta é;

“ – Estava a olhar para aquela senhora gorda sentada atrás de ti! Coitada, precisa de duas cadeiras…”


E tu gostavas de ir?

Um homem tem, em permanência, que ignorar o que elas perguntam efectivamente e ver para além da dúvida. Mais uma vez, elas não querem ouvir-vos dizer a verdade, não vos querem ouvir dizer que gostariam muito de ir ver a bola com os amigos e depois, quiçá, beber uns copos no bar onde trabalha aquela loura estonteante que vos presenteou com uns olhares sensuais. O que elas querem ouvir é que vocês abdicam completamente da vossa vida para ficarem com ela em casa, ainda que a noite se resuma a ver o “Fiel ou Infiel”, que é daqueles programas que mais problemas trazem a um artista do engano. É uma escolha difícil mas a perspectiva de sexo gratuito deve fazer-vos ponderar com parcimónia.

A resposta parece, portanto, obvia. Mas não é. Se vocês disserem que não gostariam de sair com os vossos amigos para uma daquelas festas a lembrar os tempos de faculdade onde tudo é permitido, ela vai ter a certeza que estão a mentir, porque embora queira ser enganada, quer sê-lo com qualidade, quer ver imaginação e empenho no engano. Têm, portanto, que lhe dizer que gostariam muito de sair com os vossos amigos, mas que têm planos para uma noite inesquecível a dois e que não trocam uma pela outra debalde.

A resposta certa, será, portanto:

“ – Gostava muito de ir, já há muito tempo que não saio com eles… olha, desde que te conheci!! Mas hoje desejo-te de forma animal e não há nada que te possa salvar.”


Alguma vez me traíste?

As mulheres perscrutam, em permanência, o nosso passado para daí tirarem ensinamentos para o futuro. Esta pergunta, nada inocente diga-se desde já, é daquelas que tem resposta mais óbvia e a resposta é não. Mas só isto não chega. Há todo um conjunto de indícios e movimentos corporais que têm que se associar à resposta para que pareça honesta. Neste caso têm que parecer ligeiramente ofendidos com a pergunta, mas não demasiado senão deixam cair a máscara, e franzir o sobrolho enquanto respondem;

“ – Nunca!! Se alguma vez acontecesse serias a primeira a saber e não o faria antes de ter terminado a nossa relação. Podes por isso ficar descansada, amo-te demasiado para te enganar. Nunca se sabe o dia de amanhã, mas se tiver intenções de te trair, serás a primeira a saber.”

Pois, pois… E o mais extraordinário é que elas comem-no de cebolada e ainda vos presenteiam com um beijo ou algo mais substancial.


Eras capaz de me trair?

Esta é a mãe de todas as dúvidas. É uma pergunta camaleónica, pode assumir variadas formas, mas pretende chegar ao conhecimento do futuro ou do que há-de vir. É uma pergunta bola de cristal.

Elas querem garantias de amor eterno. E, embora estejam conscientes que a resposta não tem validade lógica ou racional, querem uma resposta segura e reconfortante. Há uma quantidade de homens, pouco treinados nestas coisas, que se atiram de cabeça para respostas como “Nunca. Era incapaz de te fazer semelhante atrocidade!”. Mas estas respostas são facilmente desmontáveis se a vossa cara metade ainda reservar parte do cérebro para outras coisas que não sapatos. E como não é uma resposta plausível, vai gerar uma discussão sem fim e sem conclusões, o que é pior a todos os níveis. Serve isto tudo para vos dizer que não há uma resposta certa àquela questão. É excessivamente mal intencionada para admitir uma resposta confortável. E então, como sair dali? Não respondam, contra-ataquem! Passem a discussão para o campo adversário. Como? Assim;

“ – Era! Se tu mo fizesses primeiro. E disso podes ter a certeza, se me traíres, levas a mesma paga!”

A discussão, a partir daqui, fica nas explicações que ela vos tiver que dar. Ouçam com muita atenção tudo o que ela vos disser, porque ali vai estar a resposta certa à pergunta. E como todas as dúvidas das mulheres são recorrentes, da próxima, já sabem como fazer.