E quando...?
E quando nada mais faz sentido mas simultâneamente tudo começa a fazer sentido? E quando tudo o que foi deixou de ser mas o futuro começa a nascer? E quando a dor a tristeza a consciência pesam tanto que mal nos conseguimos mexer e ao mesmo tempo a esperança e a alegria começam a espreitar? E quando tantos sentimentos contraditórios se encontram dentro de nós que já não sabemos o que é certo ou o que é errado e todas as nossas certezas (certezas tão definitivas que temos...) desaparecem para dar lugar a um mar de dúvidas onde vogamos ao sabor de ventos que não controlamos e não temos modo de parar para pensar ou analisar ou o que for e a cada momento tudo fica mais confuso e o barco da nossa vida sobe e desce vagas e rodopia e nós... nós vomitamos, vomitamos tudo aquilo que temos cá dentro e até aquilo que não está mas estará e a náusea instala-se permanente insistente mas ali ainda antes do horizonte há luz e mar calmo e certezas aparentes onde sabemos que o futuro pode estar aquele que queremos aquele que sempre quisemos e nunca alcançámos? Que fazemos nessas alturas em que a casa vem abaixo e simultâneamente estamos a começar outra nova diferente mas a saudade da casa antiga nos bate abate e nós nos debatemos para continuar a construir a nova porque sabemos que ela poderá vir a ser o abrigo o lar que sempre quisemos? Que fazer quando a tempestade das contradições se abate sobre nós?
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